O martelo da justiça da Nintendo continua “cantando” para aqueles que não andam na linha no que diz respeito à pirataria de seus produtos. Tivemos diversos casos assim em 2024, e o mais recente deles ocorreu em janeiro, ocasião inédita em que um japonês de 58 anos foi preso por modificar e comercializar o Switch. Agora, finalmente tivemos o desfecho dessa história.
Na última segunda (14), o réu, identificado como Fumihiro Otobe, foi acusado de violar os direitos de marca registrada da Nintendo por soldar modchips em placas-mãe de Switch usadas e vendê-las online por aproximadamente US$ 195. Os consoles modificados teriam sido vendidos junto com outros 27 jogos piratas — mas não está claro quantos aparelhos Otobe vendeu antes de a “casa cair”.

Com isso, o infrator recebeu a sua sentença no Tribunal Distrital de Kochi no início desta semana: três anos de liberdade condicional de uma sentença de dois anos de prisão e uma multa de 500.000 ienes (cerca de R$ 20.545).
A decisão é inédita e “consagra” Otobe como a primeira pessoa a ser presa e punida por modificar e comercializar o console da Nintendo no Japão — o que, certamente, estabelece um novo marco para as gigantes do ramo por lá.
Em outubro de 2020, um canadense também foi preso por piratear o Switch
Vale lembrar do caso de Gary Bowser, um canadense de 53 anos que foi preso em 2020 na República Dominicana por participar do grupo Team Xecuter, especializado na criação e venda de dispositivos de jailbreak para consoles — como o próprio Nintendo Switch.
Após três anos de prisão, ele foi libertado em 2023 por bom comportamento, mas ainda deve milhões de dólares à Nintendo em multas judiciais.
A punição de Bowser foi considerada mais severa do que a aplicada recentemente ao japonês Fumihiro Otobe, que também foi condenado por modificar e vender consoles da Nintendo. No caso de Bowser, a pena incluiu não apenas a prisão, mas uma dívida permanente que poderá comprometer sua renda por toda a vida.

Na época da condenação, a Nintendo publicou uma nota oficial agradecendo às autoridades dos EUA pelo apoio na prisão de Bowser, destacando os impactos negativos da pirataria sobre a empresa e a indústria de games.
Até o momento, a gigante japonesa não emitiu nenhuma declaração semelhante após a recente sentença de Otobe no Japão.
Nintendo fechou um dos emuladores mais famosos do Switch em 2024
Não é de hoje que a Nintendo luta contra a pirataria de seus produtos — na verdade, a casa do Mario é uma das empresas que mais protegem suas propriedades. Em fevereiro do ano passado, a empresa também processou os responsáveis pelo Yuzu, um dos emuladores de Switch mais populares de PC.

Na ocasião, a grande justificativa do processo foi de que o Yuzu é um dos maiores responsáveis por Zelda: Tears of the Kingdom ser pirateado mais de 1 milhão de vezes antes mesmo de seu lançamento oficial. Se quiser saber mais, confira os detalhes do processo abaixo!
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